sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Porque as pessoas se convertem ao mormonismo???


Sólido, forte, verdadeiro
O presidente mórmon sobre seu predecessor, profecia e o que está
atraindo novos conversos para a fé.

Margaret Salmon e Dean Wiand
para Newsweek, Out/2005
Gordon B. Hinckley é o profeta atual da igreja SUD. ( atualmente, em 2012 o profeta atual chama-se Thomas Spencer Monson )

Como o atual profeta da Igreja SUD, Gordon B. Hinckley, 95, guia a religião que Joseph Smith estabeleceu 175 anos atrás. Recentemente, ele conversou com Elise Soukup e Jon Meacham, de NEWSWEEK, sobre a experiência de “revelação”, o legado de Smith e o apelo da igreja.
- Você sente alguma semelhança com Joseph Smith, uma vez que está mais ou menos em seu lugar?

Sinto quase um assombro quando penso sobre Joseph Smith. O anjo apareceu a ele em 1823 — ele disse àquele simples menino, "Seu nome será conhecido como bom e mau entre todo o mundo". Hoje ainda não vimos o cumprimento total disso. Mas, graças aos céus, quando temos uma Conferência geral, o que fazemos a cada seis meses, transmitimos para nosso povo em 80 línguas diferentes e para 167 nações. É um milagre.

- Por que você acha que o Senhor escolheu Smith? Por que ele?

Bem, em primeiro lugar, o Senhor o escolheu. Eu não sei porquê. Mas ele tinha uma mente clara, pura, simples, que poderia ser feita de recipiente da verdade sem nenhuma sombra de idéias ou noções pré-concebidas.
- O que você acha que é a contribuição mais significativa de Smith, não só para a igreja mas também para o mundo?
Sua maior contribuição, eu acredito, é a definição da natureza da deidade. Ele viu o Pai e o Filho. Ele falou com eles. Eles eram seres de substância. Tinham a forma de um homem. E podiam se expressar e ele podia falar com eles. Uma relação interpessoal. E algo tão cálido e reconfortante, conhecer a natureza de Deus.

- Como a revelação vem para você — qual o processo de recebê-la?

Todo homem ou mulher digno tem o direito à revelação com respeito a seus próprios assuntos. Mas há um [o presidente da igreja] que tem o direito à revelação com respeito a toda a igreja. E posso dizer que não tenho dúvida de que tenho tido experiências que sinto não foram da minha vontade ou compreensão, mas de direção, impressões que vieram do Senhor.
- Algumas das revelações polêmicas na história mórmon — a proibição da poligamia, a concessão do sacerdócio aos negros —, estas revelações por seus predecessores foram afetadas pelo mundo à sua volta?

Esse é o propósito de um profeta. Responder as perguntas da época, dos problemas que enfrenta. Você lê o Velho Testamento e vê que esse é o caso.
- Você poderia falar sobre intolerância e conflitos religiosos ao redor do mundo? É uma época difícil.

Ódio, egoísmo, amargura. Não gosto disso. Somos todos filhos e filhas de Deus e, portanto, num sentido muito literal, irmãos e irmãs. Devemos tratar uns aos outros dessa forma.
- Joseph Smith o Profeta parece bem diferente de Gordon B. Hinckley o Profeta.

Bem, estava lendo David McCullough outro dia. Ele fez uma afirmação muito, muito interessante. Ele disse que George Washington, Benjamin Franklin, John Adams e outros não viveram no passado. Viveram no seu presente. E não tiveram todas as respostas enquanto viveram. E foi dessa maneira que aconteceu. Joseph Smith, ele não viveu no passado, ele viveu no seu presente e andou de acordo com ele e enfrentou aqueles problemas.
- Os mórmons são cristãos?

Claro que somos cristãos. Ele é a própria pedra de esquina de nossa fé. Seu nome está na nossa igreja. E este livro [o Livro de Mórmon] é um outro testamento seu.
- A igreja tem códigos rígidos de conduta pelos quais os membros respondem. Como vocês ainda atraem tantos seguidores?
Vivemos num mundo em que os padrões mudam. A família está desmoronando. Pais falham no que deveriam fazer. E encontram nesta igreja algo que espera algo das pessoas, que tem padrões e se afirma naqueles padrões e fala de exigências e definições e assim por diante. E eles encontram uma rocha que é sólida e forte e verdadeira e não está oscilando a cada sopro do vento.
Newsweek, Inc.
Tradução de Antônio Teixeira