Jesus Cristo no Mormonismo
Infelizmente existem ainda algumas pessoas desinformadas que pensam que os Mórmons não são Cristãos ou que os Mórmons não acreditam que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que veio para a Terra para salvar todos os homens e mulheres que O aceitarem e seguirem os Seus mandamentos. De fato, o verdadeiro nome da Igreja Mórmon é A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Mórmons é apenas um apelido que os membros da Igreja ganharam por causa do livro de escrituras chamado O Livro de Mórmon, mas, de fato, os Mórmons acreditam em Jesus Cristo, em seu chamado divino e em sua ressurreição.
Nascimento
O nascimento de Jesus Cristo foi um evento miraculoso e também foi o evento central de toda a história da humanidade. Jesus Cristo nasceu de Maria na cidade de Belém, na Judéia. Maria estava desposada com José quando houve a condescendência de Deus. Condescendência significa o rebaixamento voluntário de uma pessoa. O Élder Bruce R. McConkie declarou: “A condescendência de Deus (falando do Pai) consiste no fato que… ele se tornou o Pai pessoal e literal de uma descendência mortal nascida de uma mulher mortal” (Doutrina Mórmon, 2ª ed. [1966], 155).
O fato que Jesus Cristo tinha tanto características mortais quanto celestiais significava que ele podia cumprir com sua missão como Salvador do Mundo. Élder McConkie continua explicando: “A condescendência de Deus (falando do Filho) consiste no fato que… ele [Jesus Cristo] se submeteu a todos os desafios da mortalidade, sofrendo ‘tentações e dores corporais, fome, sede, e cansaço maiores do que o homem pode suportar sem morrer’ (Mosias 3:7), e finalmente sendo levado à morte…” (Doutrina Mórmon, 2ª ed. [1966], 155).
Néfi, uns dos profetas do Livro de Mórmon, falou de uma visão a respeito de Maria e o nascimento de Jesus , a qual ele recebeu de um anjo:
“E disse-me ele: Conheces tu a condescendência de Deus?
E disse-lhe eu: Sei que ele ama seus filhos; não conheço, no entanto, o significado de todas as coisas.
E disse-me ele: Eis que a virgem que vês é a mãe do Filho de Deus, segundo a carne.
E aconteceu que eu a vi ser arrebatada no Espírito. E depois de haver sido ela arrebatada no Espírito por um certo espaço de tempo, o anjo falou-me, dizendo: Olha!
E eu olhei e tornei a ver a virgem carregando uma criança nos braços.
E disse-me o anjo: Eis o Cordeiro de Deus, sim, o Filho do Pai Eterno!…” (1 Néfi 11:16:21).
Desde o início da humanidade, Deus prometera enviar a essa Terra o Seu Filho, que seria o Salvador do Mundo.
“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5:2).
Na noite do nascimento de Jesus em Belém, um anjo apareceu aos pastores nos campos vizinhos do local do nascimento para falar-lhes sobre o acontecido.
“Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.
E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.
E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:
Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:8-11).
Também, no Livro de Mórmon: Outro Testamento de Jesus Cristo, os profetas falaram a respeito disse e aguardaram ansiosamente o nascimento de Jesus Cristo. Cinco anos antes do nascimento de Jesus, um profeta chamado Samuel, que viveu no continente americano, foi chamado por Deus para preparar o povo para o nascimento de Jesus. Ele alertou a todos para que se arrependessem e acreditassem no Salvador. Samuel explicou que algumas coisas aconteceriam e que então eles saberiam que Jesus tinha nascido em Belém. Na noite anterior ao nascimento de Jesus houve grandes luzes no céu. Elas eram tão brilhantes que durante a noite não havia escuridão. Havia tanta luz na noite quanto durante o dia.
“E eis que uma nova estrela aparecerá, uma que nunca vistes antes; e isto também vos será por sinal.
E eis que isso não é tudo; haverá muitos sinais e maravilhas no céu.
E acontecerá que vós todos ficareis espantados e admirados a tal ponto que caireis por terra.
E acontecerá que todos os que acreditarem no Filho de deus terão vida eterna” (Helamã 14:5-8).
A Estrela sinalizando o nascimento do Salvador foi visto nas Américas bem como em Jerusalém. O Salvador havia nascido. Mesmo que os habitantes no continente Americano não pudessem ir ver a criança, eles sabiam que seu nascimento era de igual importância para eles.
No Novo Testamento, o apóstolo Mateus registrou que os reis magos do leste também visitaram Jesus e levaram presentes para ele.
Herodes, o rei vigente de Judá escolhido pelos Romanos, se sentiu ameaçado pelo nascimento do Rei dos judeus e ordenou que matassem todas as crianças menores de dois anos que vivessem em Belém ou em suas áreas circunvizinhas. Herodes ficou perturbado depois que ouviu a notícia do nascimento de Cristo porque, de acordo com a profecia, Jesus governaria Israel (ver Mateus 2:2 e Mateus 2:6).
Pouco depois do nascimento de Jesus, e por causa dos conflitos com Herodes e o governo, um anjo do Senhor instruiu a José que fugisse para o Egito com Maria e Jesus e retornasse mais tarde para Israel com eles.
Jesus nasceu em circunstâncias humildes. Em Lucas 2:7 podemos ler: “E deu a luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”. Essas circunstâncias podem ser vistas como um presságio do ministério mortal de Cristo e seu sacrifício expiatório. Na Terra ele não era uma figura popular, mas ao invés disse, ele foi rejeitado por muitos homens. Ele “seguiu fazendo o bem” (Atos 10:38), mas ainda assim foi menosprezado por isso. A maioria do mundo não acreditava que Ele era o Salvador de toda a humanidade.
A Infância de Jesus Cristo
Muito pouco se sabe com relação à infância de Cristo até ele deixar seu lar para começar o seu ministério mortal. No Novo Testamento está registrado pelo apóstolo Lucas que, guiado por seu Pai, Jesus cresceu e se preparou para o ministério desde sua juventude. Lucas 2:40 declara: “E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele”.
Também está registrado no mesmo capítulo de Lucas que todo ano José e Maria e outros Judeus fiéis celebravam o Banquete de Páscoa em Jerusalém. Seu filho Jesus acompanhou-os quando ele atingiu a idade de 12 anos (Lucas 2:41-42).
Depois da celebração da Páscoa, Maria de José começaram sua jornada de volta a Nazaré quando eles perceberam que Jesus não estava com eles (Lucas 2:43-45). Eles o encontraram no templo judeu, aconselhando-se com os líderes de lá (Lucas 2:46). Está escrito que “todos os que o ouviam admiravam sua inteligência e respostas” (Lucas 2:47). Quando perguntado o que estava fazendo, Jesus respondeu: “Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lucas 2:49), referindo-se ao trabalho espiritual do Pai Celestial.
Entende-se que, quando jovem, Jesus era um filho obediente para Maria e José. Lucas 2:51 diz que ele “lhes era sujeito” mesmo sendo o Filho de Deus. Também que “crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lucas 2:52). Como declarado, ele se desenvolveu de forma intelectual, física, espiritual e social.
Ministério Mortal
Durante a Sua vida mortal e antes de Seu sacrifício expiatório, Cristo ensinou o evangelho a todos os que queriam ouvi-lo, curou os doentes e realizou outros milagres, e organizou Sua Igreja na Terra. Jesus Cristo viveu uma vida perfeita para que toda a humanidade pudesse olhar para ele como um exemplo.
O Sermão da Montanha, uma lição do evangelho que Jesus deu para uma multidão de pessoas, está registrada em Mateus 5 e serve como um exemplo do desejo de Jesus de ensinar o Seu evangelho a todos.
Registros dos milagres realizados pelo Salvador estão espalhados pelo Novo Testamento. Podemos ler especificamente em Mateus 14:14 o seguinte: “E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos”.
Jesus Cristo também organizou a Sua igreja. Marcos 3:14 declara: “E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar”. O chamado dos doze discípulos foi uma parte integral da organização da Igreja de Cristo, o qual foi necessário pra ele poder completar seu ato final como o Salvador do mundo, a Expiação. Esse grande sacrifício incluía tomar sobre si mesmo todos os pecados da humanidade no Jardim do Getsêmane, e depois a crucificação e morte de Seu corpo mortal em uma cruz no Calvário.
Conclusão: Depois de tantas explicações a respeito de Nosso Senhor Jesus Cristo, tanto a respeito de sua origem celestial, quanto de sua permanência na mortalidade, é dificil poder dizer que os mormons não acreditam e seguem a Ele, ou seja, o fato de dizer que não são os mormons cristãos, parece ser completamente sem fundamento!!!
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